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Do Buriti às urnas: secretários ganham lastro para 2026

    A movimentação no primeiro escalão do governo Ibaneis Rocha (MDB) para as eleições de 2026 não é fruto de oportunismo, muito ...

  


A movimentação no primeiro escalão do governo Ibaneis Rocha (MDB) para as eleições de 2026 não é fruto de oportunismo, muito menos obra de articulação pré-fabricada.

Trata-se de um fenômeno natural em gestões bem avaliadas: nomes que se destacam pelo trabalho técnico, constância e capacidade de entrega acabam sendo percebidos pela própria população como alternativas viáveis no jogo eleitoral.

É a lógica da política , quem aparece resolvendo problemas passa a ser cobrado a assumir novos papéis.Com a proximidade do prazo de desincompatibilização, alguns secretários já despontam como potenciais candidatos.

Cada um carrega sua própria trajetória dentro do governo e chega ao debate eleitoral por motivos distintos, respaldados, sobretudo, pelo desempenho de suas pastas.

Casa Civil

O trabalho de Gustavo Rocha (Republicanos) na Casa Civil não nasceu para projetá-lo eleitoralmente. A projeção veio como consequência de uma atuação reconhecida por aliados e adversários como organizada e estratégica. Sua entrada  como vice -governador na chapa de Celina Leão ao GDF decorre desse acúmulo: foi o operador político de confiança de Ibaneis em momentos decisivos, articulou conflitos complexos e manteve a casa funcionando em momentos turbulentos. Em política, consistência vale muito.

Secretaria de Governo

Responsável por coordenar obras e destravar projetos, José Humberto Pires (MDB) se consolidou como o rosto das entregas físicas do governo. O que hoje o coloca como forte candidato à Câmara Federal é o mesmo elemento que o fez crescer internamente: a fama de executor. Nas ruas, obras falam mais alto que discursos  e esse reconhecimento não passou despercebido pelo MDB.

Cultura e Economia Criativa

Claúdio Abrantes (PSD) poderia ter se recolhido após não se reeleger em 2022. Mas seu trânsito  manteve sua presença viva. O retorno ao jogo não é forçado: vem do reconhecimento de quem acompanha a área e avalia positivamente sua passagem pela pasta. É o tipo de candidatura que nasce mais da base que da cúpula.

Desenvolvimento Social

Na assistência social, Ana Paula Marra se destacou por ampliar programas, reestruturar equipes e conseguir apoio importante dentro e fora do governo. Seu nome surge como pré-candidatura da forma mais orgânica possível: quem atua em políticas sociais lida diretamente com a população, e essa proximidade acaba construindo naturalidade política.

Educação

Hélvia Paranaguá, uma das secretárias mais bem avaliadas da gestão, deve tentar a Câmara dos Deputados pelo MDB. A área da educação, que sempre rende debates intensos no DF, pode ser um trunfo para sua campanha.

Justiça e Cidadania

Marcela Passamani (MDB) conseguiu dar algo raro à Secretaria de Justiça: identidade. Expandiu programas, reforçou diálogos institucionais e levou presença real do órgão para as regiões administrativas. Entrar no radar eleitoral  porque consolidou a pasta e entregou resultados percebidos. É por isso que hoje aparece como nome forte para a Câmara Legislativa. Sua maturidade política não nasce de marketing, mas de coerência administrativa.

Segurança Pública

Sandro Avelar (PSDB) não precisou abrir campanha antecipada para virar pauta eleitoral. Os indicadores da segurança do DF, que melhoraram nos últimos anos, acabam carregando naturalmente o nome do secretário. Em 2026, o tema será central no debate nacional  e isso coloca Avelar em posição de destaque  para pletiar uma das oito vagas de deputado federal.


Relações Institucionais

O ex-deputado distrital tem longa trajetória e, somado ao trabalho na Secretaria de Relações Institucionais, volta ao cenário com credenciais técnicas e políticas. Sua candidatura à Câmara Federal nasce da experiência acumulada.

Turismo

Cristiano Araújo (MDB), que está fora da Câmara Legislativa desde 2022, tenta retornar ao Legislativo local. A aposta é que o crescimento do turismo no DF, especialmente pós-pandemia, fortaleça sua plataforma.

Juventude


André Kubitschek, recém-chegado à pasta após o desmembramento da antiga Secretaria da Família, fica até abril e depois entra na disputa por uma vaga de deputado distrital pelo PSD. Sua missão tem sido dar identidade à nova estrutura da Juventude antes da saída.

Família

Delmasso (Republicanos) tenta voltar à Câmara Legislativa , seu nome reaparece na cena política pelo histórico que tem com comunidades e projetos sociais. A Secretaria da Família ampliou a sua  visibilidade e ajudou a reposicionar sua atuação, sem atalhos ou fórmulas prontas.

Gestão  bem avaliada, os nomes surgem  naturalmente

O movimento que coloca esses secretários no radar eleitoral não é coordenado ou planejado em bloco. Ele nasce de algo muito mais simples: entregas.


Uma gestão bem avaliada abre espaço para que técnicos, gestores e articuladores sejam reconhecidos pela população. E quando esse reconhecimento acontece, o passo seguinte  disputar mandato , se torna caminho espontâneo.

É a própria sociedade que, ao avaliar o trabalho de cada pasta, acaba projetando seus nomes para novos desafios. No fim, a corrida eleitoral de 2026 não é resultado de engenharia política, mas do acúmulo de trabalho visível de quem esteve no front da administração pública.

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