Graduandos do curso de engenharia civil conferiram o andamento da primeira etapa do projeto de escoamento, executada na Asa Norte Trinta e...
Graduandos do curso de engenharia civil conferiram o andamento da primeira etapa do projeto de escoamento, executada na Asa Norte
Trinta e cinco estudantes da Universidade Brasília (UnB) visitaram, nesta sexta-feira (7), as obras do maior projeto de escoamento do Distrito Federal, o Drenar DF. Os alunos do curso de engenharia civil puderam conhecer detalhes da primeira etapa da empreitada, que soma investimento da ordem de R$ 174 milhões e é executada pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) na Asa Norte.
O encontro começou com uma apresentação técnica na sede do órgão. Em seguida, a turma conferiu a escavação da bacia de retenção, localizada no Setor de Embaixadas Norte. Desde março, a Terracap promove visitas aos canteiros para divulgar informações do projeto. “No caso dos estudantes, é importante para fazermos a divulgação científica da parte técnica. São estudantes que estão começando o curso de engenharia e é bom verem o que vão enfrentar lá na frente”, afirma o diretor técnico do órgão, Hamilton Lourenço Filho.
Para as colegas de graduação Catarina de Matos, 18 anos, e Alessandra Roma, 19, a oportunidade uniu lazer e conhecimento. “Foi uma experiência muito divertida porque nunca tinha visto como é realmente uma obra grande. Me incentivou a participar do curso mais ativamente”, contou Catarina. “Achei bem interessante também porque a prática é muito diferente da teoria e eu não tinha ideia de como era na vida real”, disse Alessandra.
A turma está cursando a disciplina Introdução à Engenharia, realizada no primeiro semestre do curso, e participa do projeto Universidades e o TCDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal). A servidora do TCDF Adriana Portugal, afirmou que a visita mostrou aos estudantes outras perspectivas da engenharia.
“Pudemos mostrar que, além da técnica, existem uma série de outras questões que precisam ser olhadas no caso da obra pública. A gente precisa, por exemplo, tentar minimizar custos, prazo de execução, interagir com diversos setores para poder sair do projeto com o papel”, enfatizou. “O engenheiro precisa entender que, além da técnica, precisa analisar essas interferências todas, principalmente quando se trata de uma obra pública”.
O substituto do coordenador da graduação de engenharia civil, Lenildo Santos da Silva, acrescentou que “a visita a uma obra desse tamanho incentiva e empolga os alunos, que nem sempre conseguem ter contato logo no começo do curso”. Já o professor da UnB e criador da disciplina de Introdução à Engenharia, José Humberto Matias de Paula, pontuou que “a obra é multidisciplinar e mostra como é financiado o desenvolvimento de uma cidade”.
“Talvez aqui tenhamos todas as áreas do curso de engenharia civil, mas ao mesmo tempo mostra as necessidades das relações de meio ambiente, o impacto no projeto original tombado da cidade, e conscientizar o estudante de que esse tipo de ação é fundamental não só para essas gerações, mas para as seguintes também”, continua Matias de Paula. “Esse empreendimento vai ter resultados para gerações futuras daqui a 20, 30, 40 anos”.
A obra
A primeira etapa do Drenar DF é executada na Asa Norte. A rede de drenagem começa nas redondezas da Arena BRB Mané Garrincha, seguindo em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte, até chegar ao Lago Paranoá. Serão construídos 7,68 km de tubulação, divididos em cinco contratos. Deste total, mais de 1.800 m já foram escavados.
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